terça-feira, dezembro 5

PUBLICIDADE (1)

Não resisto à publicidade. Fascina-me a persuasão dos slogãos, a insinuação da música e a força das imagens. Rendo-me à capacidade de sintetizar uma grande história em dez segundos de televisão e rádio ou no clique de uma máquina fotográfica.
Fico preso à criatividade do argumento e à sensualidade das mensagens. Na televisão, o apelo aos sentidos deixa-me preso ao ecrã. Enquanto o comum dos telespectadores aproveita esses espaços de interrupção dos filmes, das telenovelas, das transmissões desportivas ou dos telejornais, para saltar entre canais e distender o corpo e o espírito, eu redobro a atenção, fixo-me nas imagens, na sequência dos movimentos, em cada gesto, cor e som. Mudar de canal está fora de questão. Só quando a publicidade acabar. E de preferência saltar para uma estação que me ofereça outro tanto tempo de aprendizagem, de fascínio e de contemplação.

2 comentários:

Roberto Jesus Reis disse...

Boa noite. Ouvi hoje oa sua crónica na Rádio Atlântida. Achei muita piada à comparação com a as familias numerosas.
Parabens por mais um filho.
Sou o delegado dos Açores da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas. Já se associou? - www.apfn.com.pt

Estou neste momento a tentar juntar os poucos sócios que temos para podermos desenvolver algum trabalho nesta área, se tiver disponibilidade, depois gostaria de conversar consigo, um dia destes.
Cumprimentos
Roberto Reis

Anónimo disse...

Deve ser um defeito, mas também não consigo desviar o olhar do ecrã, quando passa uma boa publicidade. A criatividade é, sem dúvida, um mecanismo cerebral extremamente fascinante.