sábado, julho 22

DIGA LÁ OUTRA VEZ

Organismos juvenis da Europa reuniram em Ponta Delgada, fazendo deslocar a esta cidade também alguns responsáveis políticos pelas áreas da educação, da formação e do trabalho. Intervindo numa das sessões daquele evento, Carlos César revelou que nos últimos dez anos se registou nos Açores um aumento de 1500 por cento de jovens com formação profissional. Os participantes estrangeiros devem ter julgado tratar-se de um erro da tradução simultânea. Caso contrário teriam rido desbragadamente daquela referência percentual. Desde logo, porque uma coisa é a frequência de escolas de formação profissional e outra a habilitação para o exercício de uma profissão. Depois, porque a abertura de diversas escolas onde se ministra esta vertente educativa fez absorver cerca de 30 por cento dos alunos que antes frequentavam o ensino regular. Logo, não há mais gente a estudar nos Açores. E provavelmente não teremos jovens mais qualificados para o mundo do trabalho. Temos, sim, muitos rapazes e raparigas atraídos por um modelo de ensino, regra geral, menos exigente e ainda mais aliciante pelas bolsas de formação que paga aos formandos, através dos fundos comunitários.

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