segunda-feira, novembro 20

BORATaçores!!!

quinta-feira, novembro 16

FACTURA AMIGÁVEL (?)


O governo regional anunciou que no próximo ano vamos receber em nossas casas a factura correspondente ao custo dos serviços prestados nos hospitais e outros centros de cuidados médicos.Trata-se, dizem, de uma factura amigável. Seremos informados de quanto gastamos, não havendo, até ver, lugar a pagamentos.
Venha lá a factura amigável pelos serviços de saúde. Mas que não se fique por aí a amizade da informação, sobre o deve e o haver dos nossos impostos.
Havia de rejubilar com outras facturas amigáveis, ainda que, presumindo, pouco amistosas. Por exemplo, a factura amigável correspondente aos serviços de assessoria de imagem dos membros do governo.
Imagine-se também quanto gosto daria receber a factura amigável relativa aos gastos em almoços e jantares oferecidos pelo governo em nome de todos nós, ou dos telemóveis dos membros políticos dos gabinetes da governação. Sempre tinha o pretexto de uma vez na vida me dizer amigo do governo, pela banda das facturas, bem entendido.

segunda-feira, novembro 13

ARCA DE NOÉ

Na arca de Noé entra toda a sorte de coisas: batatas, trapalhadas, animais, subsídios, cebolas e clubes desportivos. Só não sei se vão aos pares, macho e fêmea. E como o pai de Sem, Cam e Jafet, também este Noé tem dúvidas e erra. Nem que seja numa portaria de meia coluna no Jornal Oficial.
Afinal, o subsídio atribuído à equipa de basquetebol do Lusitânia foi um lapso, de redacção, bem entendido, porque o dinheiro, os cem mil euros, esses já voaram para os cofres do clube, com a candura do voo da pomba outrora lançada por Noé sobre o monte Ararat. Quase quarenta dias depois de assinar a Portaria, quase tanto tempo quanto o dilúvio, ficamos a saber que, em contrição dos seus pecados, o nosso patriarca da agricultura assina de cruz, que é como quem diz, sem botar o olho no que vem escrito no papel. Só assim se explica que tenha rubricado por baixo do que não queria (?) dizer.

domingo, novembro 5

GRANDE VACA!


O secretário regional da Agricultura, cansado de tanto lidar com as coisas e causas do leite, da carne, da batata e das florestas, resolveu fazer um drible à rotina, com um lançamento certeiro ao cesto do desporto. Puxou da caneta, como quem arregaça as mangas, e correu a pena pelo papel. Antes que o árbitro apitasse já tinha fixado o placar: 100 mil euros – mais de vinte mil contos em moeda antiga – para o Lusitânia.
Se eu fosse lavrador, juro que assentava arraiais à porta do secretário da educação enquanto não obtivesse um subsídio para publicitar as equipas cá da terra. Já imaginaram uma vaca leiteira com o emblema do Santa Clara? E um touro com as cores do Operário? E por que não uma mula com apelos ao fair-play?